terça-feira, 12 de junho de 2012

Ridley Scott: 5 Filmes

Ridley Scott é um dos meus realizadores favoritos. Este inglês, agora Sir, já deu provas de que não se deixa prender por um género e os seus vinte e quatro filmes provam-no. Aproveitando a onda de Promotheus, que vi no cinema e gostei, aproveito aqui neste meu modesto blog para postar os meus cinco filmes favoritos de Ridley Scott.

 

Alien

Este filme foi o início de tudo. Catapultou Ridley Scott para o estrelato e demonstrou que a ficção científica ia para além de Star Wars. De facto, se observarmos bem, Alien vai contra todas as correntes do chamado filme de entretenimento cheio de sentido de humor e atitudes heróicas pouco realistas. O que fez o filme funcionar? O carisma de Sigourney Weaver. Outro factor que tornou este filme numa obra única foi o design de cenários da autoria do genial artista H. R. Giger.


Blade Runner

Baseado num conto de Philip K Dick, Blade Runner foi uma revolução na época. Terceiro filme de Ridley Scott, Blade Runner foi um fracasso financeiro devido ao seu ritmo lento e à narrativa complexa que demonstrava uma capacidade de atenção máxima por parte do espectador, O filme tornou-se rapidamente num filme de culto. Na minha opinião, Blade Runner é a obra-prima máxima de Ridley Scott. Os cenários são únicos, a personagem existencialista e existe uma aura que torna esta magnífica peça artística numa obra impar. Recomendo!


Gladiator

Este épico filme histórico, ou como antigamente costumávamos dizer: Sword and Sandal, levou o primeiro Óscar para melhor realizador para Ridley Scott, mesmo com uma concorrência tão grande.
Sobre a obra, só posso dizer que está recheado de clichés, tipo situações de ciúmes familiares leva o filho a matar o imperador e prender o protagonista e depois o herói volta dos mortos e acaba por vingar a morte da família matando o vilão. Percebem? Pois, mas o que torna Gladiator numa obra-prima é o olhar pessoal do realizador, a forma como captou cena a cena atrás das câmaras. Ridley Scott provou que o género não estava morto.   


Body Of Lies

O ritmo frenético da obra Body Of Lies não é novidade. Ridley Scott já tinha explorado esse modo de filmar em filmes como Gladiator, Black Hawk Down, Kingdom of Heaven e American Gangster. Ironicamente, muitos imitaram o estilo de realizar de Ridley Scott. Body Of Lies captou a essência da espionagem internacional, da compulsão suicida dos radicais religiosos e tocou num ponto sensível que ainda custa muitas vidas. Mas o realizador não se deixou intimidar pelo assunto e teve a proeza, ou maestria, de contar a história crua e real, sem grande espalhafato dramático. Russell Crowe merecia um óscar para melhor personagem secundário.


American Gangster


O cinema de Hollywood já tem filmes de gangsters, o suficiente que torna quase impossível explorar de forma convincente o género. Mas o realizador, nada familiarizado com o género, trabalhou bem a história e soube captar os momentos vitais da narrativa. Denzel Washington, num dos seus melhores papéis, obteve um resultado tremendo. É justo dizer que American Gangster está no mesmo nível que outros clássicos do género como Scarface, Goodfellas ou The Godfather. Outro do factor que determinou a obra foi o excelente trabalho do argumento por parte do então inclassificável Steven Zaillian, argumentista de filmes como Moneyball, The Girl with the Dragon Tattoo e Gangs of New York.

domingo, 11 de setembro de 2011

10 anos depois...

World Trade Center

10 anos depois recordamos a tragédia que assombrou o mundo.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

10 álbuns Favoritos (Anos 70)

O meu amor pela música pop rock não tem fronteiras, principalmente a que se produzia na década setenta. O que pretendo mostrar com este espaço é expor os álbuns pelo que sinto mais afeição, da década 50 até 00, que na minha opinião é o espaço de tempo mais interessante no mundo da música. Com esta nova década podemos observar o declínio musical, vamos assistindo a pouca ou nenhuma inovação.

Vou começar com a década 70:

A Night At The Opera é um álbum perfeito. Incrivelmente diversificado contém géneros como hard rock, folk, vaudeville, jazz e pop. Cada membro da banda teve direito a compor a sua própria canção e até mesmo, em algumas, a interpretar. Bohemian Rhapsody é uma composição super produzida, teatral e memorável, pelo seu interlúdio. Um momento de ópera genial. ´39 é outra maravilha, no campo do folk, '39 é interpretada de forma admirável por Brian May, o guitarrista da banda.

É raro o último álbum da banda também ser o melhor. Bastante diversificado, LA WOMAN é uma ode aos blues, que a banda decide resgatar do passado. Tudo soa maravilhosamente perfeito. Quem consegue esquecer Riders On The Storm? The Doors foi uma banda que outrora ouvia bastante, mas ainda hoje continua a ser uma das bandas mais memoráveis da minha vida.
Comprei toda a discografia em cd em um ano, o que já se pode dizer que foi uma verdadeira "febre de Aerosmith". Sempre fiquei dividido entre Toys In Attic e Rocks, mas, olhando para trás, Rocks é decididamente o álbum mais coeso da banda. os Aerosmith agarram-se ao estereótipo rock and roll em toda a sua força, mas sem se tornarem repetitivos. Back In The Saddle é um impressionante furacão em ebulição. A melhor canção do álbum.

Obra prima da banda (e eles fizeram muitas!), IV é um álbum impressionante, onde vigora toda a sua criatividade absoluta. O quarto álbum é, digamos, uma mistura de estilos iniciado nos álbuns anteriores. A épica Stairway to Heaven, assombrosa, capta com veemência toda a sua majestade de uma banda no auge criativo. When the Levee Breaks é outra que impressiona, pelo seu ritmo oriental.

Hotel California tornou a banda famosa e milionária. Decididamente os Eagles tinham abandonado o country de vez, explorando novas fronteiras musicais. O tema título é do conhecimento geral, e só Deus sabe quantas vezes já passou nas rádios, mas há outras pérolas a revistar como o hard rock Victim of Love. New Kid in Town é outra faixa que, apesar de atingir a 1ª posição na Billboard, caiu no esquecimento, mas merece ser redescoberta. Hotel California é um álbum perfeito, esculpido para perdurar, cada música extremamente produzida para ser memorável.

Imagine ganhou fama pela polémica faixa título, mas há mais para além dessa. Não sou grande fã do John Lennon, mas este álbum conseguiu impressionar-me o bastante para inclui-lo entre os 10 favoritos. John Lennon conseguiu aqui experimentar novas musicalidades em temas épicos como I Don't Wanna Be A Soldier Mama, blues em It's So Hard e country no subtil Oh Yoko!. Magistral.
The Wall é excelente, mas The Dark Side Of The Moon é aquele álbum em que o grupo está realmente unido e cada um experimenta e compõe as suas próprias musicas. Este álbum foi um marco na época pelas suas texturas musicais, pelo seu ambiente sinistro e pelas letras que retratavam o Homem na sociedade moderna e a sua ganância. Inesquecível do inicio até ao fim.

Os Deep Purple tornaram-se a banda sonora da minha vida,assim como os Queen ou Led Zeppelin. O primeiro álbum deles foi o In Rock, comprado em 2002, que me impressionou e bastante, mas foi com Machine Head que se tornaram verdadeiramente parte da minha vida. Muita gente tem o hábito de relacionar a banda ao Heavy Metal, mas ouvindo Machine Head ficamos logo na duvida. De facto, existe algo mais que heavy metal aqui, existe o jazz (Lazy), rock progressivo (Pictures Of Home) e o funk (Never Before). Tive a felicidade de adquirir o Machine Head: 25th Anniversary Edition, que conta com uma excelente produção sonora, deliciando-me assim ainda mais com esta pérola dos anos 70.

Os Black Sabbath não eram levados a sérios no inicio, como na altura do lançamento seste álbum, mas nem metade saberiam de que esta banda seria mais do que barulho e rugir, os Black Sabbath seriam a força centralizadora do Heavy Metal, a musica nunca mais seria a mesma. Bons tempos que passei ao som dos Black Sabbath (fase Ozzy Osborne), os riffs pesados e crus de Tony Iommi acompanharam-me em dias de juventude, dias de escola e muito paleio Sabbatico. Ouvindo Iron Man nada seria o mesmo.




Na minha opinião Bon Scott será sempre o melhor vocalista da banda. Com este vocalista, a banda era outra, mais criativa, mais diversificada e impressionante. Com o segundo vocalista a banda ficou agarrada ao seu próprio cliché, para nunca mais sair de lá. Highway To Hell é o ponto mais alto da carreira de Bon Scott, que infelizmente falecerá pouco tempo depois do lançamento do álbum. A faixa título, os blues calmos e arrepiantes em Night Prowler, o punk hard rock no Walk All Over You e o boggie Beating Around the Bush são ingredientes indispensáveis a para um álbum como este. Highway To Hell é uma obra prima, talevz a mais bem produzida do grupo.





domingo, 21 de agosto de 2011

The Ghost Song

O que dizer acerca desta música? Simplesmente magistral. A componente lírica e musical capta uma estranheza poética, um profundo cinzento infinito. Não é uma música muito habitual no mundo do pop, é por isso que admiro-a e destaco-a. Aconselho a ouvi-la!

The Ghost Song (Jim Morrison, The Doors)

Awake.
Shake dreams from your hair
my pretty child, my sweet one.
Choose the day and choose the sign of your day
the day's divinity
First thing you see.

A vast radiant beach and cooled jeweled moon
Couples naked race down by it's quiet side
And we laugh like soft, mad children
Smug in the wooly cotton brains of infancy
The music and voices are all around us.

Choose they croon the Ancient Ones
the time has come again
choose now, they croon
beneath the moon
beside an ancient lake

Enter again the sweet forest
Enter the hot dream
Come with us
everything is broken up and dances.

Indians scattered,
On dawn's highway bleeding
Ghosts crowd the young child’s,
Fragile eggshell mind

We have assembled inside,
This ancient and insane theater
To propagate our lust for life,
And flee the swarming wisdom of the streets.

The barns have stormed
The windows kept,
And only one of all the rest
To dance and save us
From the divine mockery of words,
Music inflames temperament.

Ooh great creator of being
Grant us one more hour,
To perform our art
And perfect our lives.

We need great golden copulations,

When the true kings murderers
Are allowed to roam free,
A thousand magicians arise in the land
Where are the feast we are promised?

One more thing

Thank you oh lord
For the white blind light
Thank you oh lord
For the white blind light

A city rises from the sea
I had a splitting headache
From which the future's made

Video THE GHOST SONG

Raúl Ruiz (1941-2011)

Pena ser conhecido por cá apenas pelo filme Mistérios De Lisboa. Há muito mais obra por detrás desta.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Lucian Freud (1922 - 2011)

Auto-retrato, 1985


Nascido em Berlim a 8 de Dezembro de 1922, neto de Sigmund Freud, foi viver para Inglaterra, com os pais, em 1931, tendo adquirido a nacionalidade britânica em 1939. Estudou em várias instituições, incluindo a Central School of Art e a Goldsmiths, da Universidade de Londres. Depois de libertado do serviço militar, em 1942, desenhou as ilustrações para um livro de poemas de Nicholas Moore (The Glass Tower), vindo a expor pela primeira vez em 1944.
Lucian Freud foi um dos maiores artistas nascidos no século XX — faleceu no dia 20 de Junho, na sua casa de Londres, contava 88 anos.