sábado, 19 de dezembro de 2009

Dan Obannon (1946-2009)




O seu nome está indissociavelmente ligado aos mundos da ficção científica e do cinema de terror — Dan O'Bannon, argumentista de Alien/O Oitavo Passageiro (1979), de Ridley Scott, faleceu no dia 17 de Dezembro, em Los Angeles, contava 63 anos.
O'Bannon trabalhava actualmente no argumento de um novo episódio da saga Alien (cronologicamente anterior a todos os outros), de novo com realização de Ridley Scott e com lançamento agendado para 2011.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Body Heat (1981)



Body Heat é uma daquelas preciosidades da história do cinema que assistimos ao cair no esquecimento. É certo que o filme não foi um sucesso entre as massas mas desde cedo que ganhou um estatuto de culto tendo lançado o realizador Lawrence Kasdan e o actor William Hurt.A figura substancial de um noir-film, femme fatale, está presente como não podia deixar de ser. A história baseia-se um pouco do clássico de Billy Wilder: Double Indemnity (o próprio realizador confessou). A estética assumida no filme longe de ser pueril,asume as rédeas de um sombreamento calculado. É uma obra prima de facto. Os cenários no entanto condizem muito bem como um noir-film devem ser e as interpretações intensas por parte dos actores, sem entrar no cliché, estão acima da média. A banda sonora excepcionalmente conduzida por John Barry e a dupla Turner/Hurt encaixam na perfeição. Um clássico dos anos 80 a descobrir.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Munch

MUNCH- A melancolia

Nova Iorque Fora De Horas (1985)




Depois do fracasso de "O Rei Da Comédia" Scorsese mete mãos à obra num projecto á muito pensado: "A Última Tentação De Cristo", romance do prémio Nobel de literatura Nikos Kazantzakis (1883-1957). Devido a pressões por parte da elite católica Martin Scorsese abandona o projecto voltando três anos depois. O projecto á qual Scorsese dedicará brilhantemente é "Nova Iorque Fora De Horas".

Proposto pelo actor Griffin Dunn, o realizador aceitará o guião, donde filmará em seis semanas o filme. Apeasr de ostentar um estilo comercial estéticamente o realizador não se deixa levar pelos excessos hollywoodescos. Muito pelo contrário encontramos um espírito sem tréguas, que transcende e combina muito bem com o pensamento visionário de Maryin Scorsese.

Trabalha pela primeira vez com o director de fotografia alemão Michael Ballhaus. Scorsese reformula profundamente o argumento de Nova Iorque Fora De Horas, um filme que é, na realidade, o trabalho de fim de curso do autor da obra, Joseph Minion.

A história, na verdade uma fábula para os tempos modernos do homem na sociedade, começa com Paul Hackett- um trabalhador que vê a sua noite de farra no Soho transformar-se em pesadelo- são uma imagem rídicula e cruel dos ultimos anos de vida de Scorsese. Contudo em vez de retratar lamentações, o cineasta dá ao filme uma energia juvenil inesperada. Nunca um pesadelo foi tão divertido. Nova Iorque é aclamado como o marco que assinala o renascimento de Scorsese, tanto na estreia norte-americana como na apresentação em Cannes. (...informações básicas em 'O Livro Martin Scorsese'...)



Recomendo vivamente!

sábado, 12 de dezembro de 2009

Gene Barry (1919-2009)


Figura muito popular da televisão americana dos anos 50/60, o actor Gene Barry faleceu aos 90 anos de idade. Alfred Hitchcock Presents, Our Miss Brooks e Playhouse 90 foram algumas das séries em que participou, mas seria a personagem de Bat Masterson (um gentleman do velho Oeste), na série homónima, que lhe traria popularidade — participou em 108 episódios no período 1958-61. Foi sempre surgindo em produções cinematográficas, em particular de série B, sendo o seu papel mais célebre o cientista da versão de 1953 de A Guerra dos Mundos, dirigida por Byron Haskin; em 2005, quando fez o respectivo remake, com Tom Cruise, Steven Spielberg convidou Barry para um pequeno papel — seria o seu derradeiro trabalho como actor.


(in sound+vision.blogspot)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

No Terreiro Do Paço

A vontade de voltar aquele sítio era enorme. O Terreiro do Paço, um dos meus espaços favoritos de Lisboa, carrega mil lamentos de angustias, cidadãos na maré para o outro lado do rio. O rio que cá nos vamos vendo de margem a margem faz-nos emergir em sensações de saudade e uma enorme vontade de estar só. Enquanto fotografei acompanhava-me a canção que melhor se adequa a este momento: "Homem Do Leme".
















terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Noite de Solidão

Fotografias que tirei em plena noite de nevoeiro. Um dia estranho, de angustias e escuridão transcendente.









sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Bando À Parte (1964)


Bando à Parte é uma homenagem aos filmes policiais da Hollywood dos anos 40 e que deu cenas memoráveis e que inspirou novas gerações de realizadores.
Frantz, Arthur, dois fura-vidas, juntamente com Odile, a rapariga tímida, formam um inconveniente trio. A história, simples e concisa, principia-se por uma pequena ode a Paris formado por tavellings, onde damos de encontro com os dois rapazes, Arthur e Frantz, deles partem para a aula de inglês. Odile, revela que a sua tia Victoria e um amigo, o sr Stolz, escondem em casa uma avultada soma de dinheiro. Frantz e Arthur começam imediatamente a planear um roubo. Mas a questão central não está no roubo mas sim na improvável companhia destes três jovens pelos cafés de Paris e pelo receio de que o golpe não vai correr de acordo com o planeado.
Com a belíssima fotografia de Raoul Coutard e música de Michel Legrand, Bando À Parte, nunca estreado em Portugal, é um dos mais famosos filmes de sempre tendo até direito a uma cena mitológica com a sequência de dança no café que inspirou Quentin Tarantino em Pulp Fiction.
Anna Karina, á época mulher e musa de Godard, causa um certo fascínio, não só pela sua beleza, como pela sua ingenuidade numa interpretação acima de média. É hora de evocar este clássico.