segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Ma nuit chez Maud (1969)

No Sábado passado a RTP 2 prestou homenagem ao realizador francês Eric Rohmer passando dois filmes do próprio. Foi o primeiro que me atraiu: Ma nuit chez Maud (pertence á série six Contes moraux). Com uma bela fotografia a preto e branco e onde as palavras são o registo mais vertiginoso da acção, que aliás, comulta todo o filme. Jean-Louis é um fervoroso católico, que encontrou a sua parceira ideal, Françoise, na celebração de uma missa. Ele encontra-se com Vidal, seu amigo, que o convida para conhecer a sua actual namorada, Maud. Após passarem a noite a discutir filosofia e religião, Vidal volta para casa e deixa Jean-Louis e Maud sozinhos.
Um filme resgistado em diálogos fortes e soberbamente manejados por grandes actores como Jean-Louis Trintignant. As telenovelas dão lugar a preciosidades como esta o que é pena. O reconhecimento em massa está longe de acontecer, mas Eric Rohmer será certamente lembrado pelos admiradores da nova vaga francesa e do dito cinema de autor. Apreciemos esta obra.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Filme Da Década- Gran Torino

Se me perguntassem qual o grande filme da década passada, responderia sem hesitar: GRAN TORINO.
De facto Gran Torino é uma obra prima única e soberbamente filmada pelo grande mestre Clint Eastwood onde retoma também no papel principal- algo que já não fazia desde Million Dollar Baby- com interpretações acima da média tanto nos actores secundários como no principal. O tema é a tolerância racial, xenofobismo e a américa tradicional que se vai perdendo aos poucos, essa américa representada por Walt Kowalski (Clint Eastwood). Uma excelente fábula urbana e certamente imperdível.

Teddy Pendergrass (1950-2010)

Figura emblemática da música soul das décadas de 70/80, Teddy Pendergrass faleceu no dia 13 de Janeiro, em Bryn Mawr, Pensilvânia — contava 59 anos. Certamente será lembrado por sucessos como Love TKO, Close the Door e I Don't Love You Anymore.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Uma Biografia


Esta colossal biografia apresentada e escrita por Ian Kershaw resume em poucas palavras aquilo que Hitler era: um provinciano rebelde, originário de um canto obscuro da Áustria, a líder de massas com um poder sem paralelo. Se vale a pena ler mais de 800 páginas? Sim vale.

Eric Rohmer (1920-2010)

Realizador, crítico e ensaísta, autor de A Minha Noite em Casa de Maud, A Marquesa d'O e A Inglesa e o Duque, Eric Rohmer é um dos nomes fulcrais da geração da Nova Vaga francesa — de seu nome verdadeiro Jean-Marie Maurice Schérer, faleceu hoje, dia 11 de Janeiro, contava 89 anos.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Fotografias de Um Inverno





Fotografias que fui registando...muita chuva mas não pouca vontade de fotografar.



Lhasa de Sela (1972-2010)




Gravou apenas três álbuns. Mas entre eles um dos mais marcantes títulos da discografia dos anos 90. Chamou-lhe La Llorona e, nesse 1998, o disco colocava em cena o nome de Lhasa de Sela.

"American Photo": Um ano de Imagens




Segundo a revista American Photo, esta é uma das melhores fotografias de 2009 — trata-se, neste caso, de um dos trabalhos incluídos na secção de estudantes. Fotojornalismo, retrato e publicidade são algumas das áreas representadas. Vale a pena visitar as galerias, tanto mais que a selecção integra a duplicidade dos tempos — imagem tradicional vs. imagem digital —, mostrando que não se trata de escolher uma contra a outra, mas sim de praticar/pensar a sua coabitação. (...in Sound+Vision)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

The Man Who Wasn't There (2001)


Inspirado num cartaz publicitário, enquanto os irmãos Cohen realizavam The Hudsucker Proxy. O cartaz demonstrava múltiplas formas de cortar o cabelo nos anos 40. Joel Cohen admitiu que o filme foi fortemente influenciado por James M Cain, o escritor que teve várias obras adaptadas no cinema entre elas está Double Indemnity de Billy Wilder.

Escrito e realizado pelos irmãos Cohen em 2001, o filme conta com uma forte presença de Billy Bob Thornton no papel principal (Ed Crane). A acção decorre em meados de 1949 nos arredores de Santa Rosa, Califórnia.

Ed Crane, um barbeiro aparentemente normal, casado com Doris, uma contabilista que tem problemas com bebidas. Ed é bastante taciturno e melancólico; fala pouco com as pessoas, o seu olhar é subtil e raramente muda de expressão, mesmo em cenas complicadas. Ed narra o filme, começando com seu casamento dentro do ramo da barbearia. O seu colega de trabalho e cunhado, Frank, é dono da barbearia e fala incessantemente. O filme envolve ocultismo, adulteração, roubo e referencias a OVNI’s.

Poderia ser um filme dos anos 50, graças ao excelente trabalho da fotografia a preto e branco de Roger Peakins. Muito das cenas foram filmadas sem filtro, com a câmara ao nível do olho e outro dos factos curiosos são os cigarros sem filtro que Ed Crane fuma, o que só prova o realismo e a competência técnica dos Irmãos Cohen. Um filme certamente marcante, do género neo-noir que merece atenção cinéfila.