segunda-feira, 23 de agosto de 2010

River Phoenix- Mais que memória




River Phoenix nasceu a 23 de Agosto de 1970 (faz hoje 40 anos), em Madras, Oregon, e faleceu a 31 de Outubro de 1993, em Hollywood, Califórnia.

A questão que se coloca aqui é se serão muitos a lembrarem-se do seu nome e trabalho? Figura associada à "seriedade" do cinema feito fora dos preâmbulos do cinema comercial; figura indissociável ao espirito selvagem, conseguiu papéis emblemáticos- que ainda hoje situam-se na minha memória - filmes como Running on Empty, Indiana Jones and the Last Crusade e Stand by Me.


Muitos dos futuros espectadores são até capazes de olhar para Phoenix como uma “curiosidade” antiga, mas para mim continua a ser um actor actual, no espirito e na sua concepção representativa. Se tinha muito a dar, tinha. Só que a morte veio mais cedo e tirou-lhe um futuro promissor.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Patricia Neal (1926 - 2010)





Formou, com Gary Cooper, o par de The Fountainhead/Vontade Indómita (1949), de King Vidor, um título lendário do cinema clássico americano, baseado no romance homónimo de Ayn Rand — Patricia Neal faleceu em sua casa (Edgartown, Martha's Vineyard, Massachusetts), vítima de cancro do pulmão, no dia 8 de Agosto, contava 84 anos.

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Coincidência ou não já faz um ano que assisti ao filme Fointaihead, precisamente com Patricia Neal . O primeiro filme de muitos que iria assistir no Cinemateca Lisboa.



sexta-feira, 6 de agosto de 2010

1975: Martin Scorsese + Robert de Niro



Como nunca os vimos — literalmente. Na rodagem de Taxi Driver, em 1975 (o filme estreou nas salas americanas em Fevereiro de 1976, vindo a ganhar a Palma de Ouro de Cannes, em Maio), Steve Schapiro foi o extraordinário fotógrafo de cena — é dele, aliás, a imagem emblemática do cartaz com Robert de Niro, em pose hierática, em frente do seu taxi. O certo é que a maior parte das suas fotografias permaneceu inédita: 95 por cento, para sermos mais exactos.

O livro que a editora Taschen anuncia — Taxi Driver, lançamento em Setembro — servirá, antes do mais, para corrigir essa lacuna, dando a ver o resultado do labor de Schapiro na rodagem de um dos grandes clássicos da modernidade cinematográfica made in USA. Com prefácio de Martin Scorsese, trata-se, para já, de uma edição limitada, de 1000 exemplares numerados e assinados pelo autor (preço: 500 euros). Em simultâneo, surgirão duas edições especiais, Art Edition A e Art Edition B (100 exemplares cada), contendo uma fotografia de De Niro (A) ou Jodie Foster (B), impressa com os pigmentos originais (preço: 1250 euros).




...in Sound+Vsion...


É pena a edição limita e o preço excessivo, pois "Taxi Driver" é o meu filme favorito (do qual vou escrever uma resenha), e esperava pelo menos uma versão "compacta" como é próprio da Tashen.

O Apartamento (1960)


Filme brilhante- vencedor de cinco óscares, incluindo melhor filme-, O Apartamento traz três memoráveis interpretações: Jack Lemmon, Shirley Maclane e Fred Macmurray e um realizador no seu auge com as comédias satíricas: Billy Wilder.
Jack Lemmon desta vez é a vedeta do realizador, depois de Some Like It Hot pelo qual teve tanto prazer em trabalhar, ao contrário de Marilyn Monroe, que não correu lá muito bem. É a história de um empregado arrivista que empresta o seu apartamento aos superiores para que estes possam cometer adultério com toda a descrição. Esta ideia surgira-lhe 15 anos antes, ao ver “Breve Encontro” (1945), de David Lean. Finalmente o abrandamento da censura permite-lhe pô-la em prática.
Surge muito no género comédia dramática, com o seu preto e branco fantástico, em Cinemacospe, obtendo assim uma visualização, não só realista, como marcado pelo espirito berlinense.
Mais do que severa critica social, é também uma história de amor não correspondido entre Bud (Jack Lemmon) e Fran Kubelik (Shirley Maclane). Só há um problema: Fran Kubelik vive um relacionamento secreto com J. D. Sheldrake (Fred Macmurray), patrão de Bud. C. C. “Bud” Baxter sabe que o caminho para o sucesso profissional...é através da porta do seu apartamento. Passa mais tempo nas ruas do que no seu tempo, o que o faz passar por um sem-abrigo. Até que o sucesso aparece finalmente, ao emprestar a sua chave ao patrão, mas fica decepcionado ao descobrir que a miúda do elevador, Fran Kubelik, é a amante do patrão.
Convencido, depois, de que é o único homem para Fran, Bud tem de tomar a decisão mais importante da sua vida: arriscar a perder a rapariga....ou o seu emprego.Através de um paradoxo tipicamente americano, este filme implacável para com as instituições do país é recompensado com uma série de óscares, dos quais três vão para Billy Wilder: produção, realização e argumento.
Obra-Prima, estes é um daqueles casos que merecem estar na lista dos filmes para ver antes de morrer. Para cinéfilos, como eu, é uma autentica pérola e na minha humilde opinião está entre os meus dez filmes favoritos. Imperdível!