terça-feira, 13 de outubro de 2009

A Máscara (Persona)-1965

A Máscara (Persona, no título original) é um dos casos mais representativos do cinema europeu. Temos, aqui, um alucinante prólogo que resume em poucos minutos a história do século assim como a do cinema (Godard lembrará disso e incluirá no seu documentário "História(s) Do Cinema) interpretado por um adolescente solitário, depois o filme resumirá-se a uma relação vampírica entre duas mulheres, estranhamente parecidas , reunidas numa grande casa á beira- mar.
Eis aqui uma obra prima Bergmaniana, de contradições, um retrato psicológicamente afecto, de amores e ódios, falsas aparências repartidas na porosidade nos rostos, e, claro, na supressão final. A saturação branca, o magma, como simbolo da extinção, a banda sonora inversa e o jogo formal do preto e branco tendem a enriquecer mais o aspecto narrativo e visual. O cineasta experimenta uma das mais grandiosas evocações do cinema, claro que tende a ser um pouco experimental, mas sem deixar de ser um complemento complexo, para dele retirar cinema absoluto.
A película não coloca em causa a sua magistral celebração do seu poder onírico nem falha na mudança estética (que pos em causa nos seus filmes anteriores) e claro que os tempos modernos são atribuidos aqui. Liv Ullmann e Bibi Andersson, duas actrizes extraordinárias, trabalham em perfeita sintonia (parerce cliché), cujo prólogo é um dos mais célebres do cinema.
PERSONA influenciou gerações de realizadores, sendo uma deles David Lynch, onde podemos encontrar vestígios claramente Bergmanianos em Mulholland Drive.

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