quarta-feira, 30 de setembro de 2009

domingo, 27 de setembro de 2009

Pedro Costa


Pedro Costa é um dos realizadores portugueses de destaque, principlamente pela sua participação na ilustre Taste Modern. A questão que se mantém aqui é quem o conhece? Enquanto vivemos num país onde o futebol é o ópio do povo (quem marcou quem?) e as eleição vai se transformando num espectáculo banal e como se não bastasse a programação televisiva é um espectáculo de cores berrantes, quase uma omnipresença nas telenovelas e séries juvenis. Lamentavelmente, a informação sobre Pedro Costa e a sua obra, pelo povo português, é, no minímo, escassa. É "só lá fora" que se consegue um destaque mais abrangente da sua obra.

Os seus filmes (quase de cariz docuficção) demonstram uma sagacidade pelo meio urbano, num ritmo particularmente interessante e não menos surpreendido. A sua astropologia visual, esclarecedora por sinal, torna-se num meio testemunhal de marca pessoal. Filmes como Bairro das Fontainhas, entre 1997 e 2006 (Ossos, No Quarto da Vanda e Juventude em Marcha) constituem um registo cinéfilo do mercado português interessante, mas tristemente por cá o interesse é quase nulo (será exagero dizer isso?). Nesta triste conclusão que podemos tirar só com o tempo e com mentalidade mais aberta Pedro Costa será reconhecido como merece.



Pedro Costa (Lisboa, 1959) abandonou o Curso de História da Faculdade De Letras Da Universidade De Lisboa, ingressando na Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa. Iniciou a sua actividade cinematográfica como assistente de realização de Jorge Silva Melo e João Botelho. A obra de Pedro Costa segue a tradição lançada em Portugal por Manoel de Oliveira e António Campos, a do cinema inspirado no conceito de Antropologia visual.

Pedro Costa filma - é essa uma das suas marcas pessoais - com câmaras digitais mini-DV. O filme No Quarto da Vanda valeu-lhe o Prémio France Culture para o Cineasta Estrangeiro do Ano, no Festival de Cannes em 2002. É filho do famoso jornalista e realizador da televisão Luis Filipe Costa.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Camané- Sempre De Mim

O primeiro contacto de Camané com o fado ocorreu um pouco por acaso, quando durante a recuperação de uma maleita infantil se embrenhou na colecção de discos dos pais e descobriu os grandes nomes do fado: Amália Rodrigues, Fernando Mauricío, Lucilia do Carmo, Maria Teresa de Noronha, Alfredo Marceneiro e Carlos do Carmo entre muitos outros.
Nasceu em Oeiras, no ano de 1967. Em 1979 ganhou a Grande Noite De Fado. Passou por produções de La Féria, onde se destacou em Cabaret e voltou ás lides do Fado. Desde 1995 que possuí cinco álbuns da sua discografia e um ao vivo. É do SEMPRE DE MIM que na minha opinião Camané se destaca mais. Para além da diversidade instrumental, o fado fica mais enriquecido com poemas musicados de Pedro Homem De Melo, Luís de Macelo e David Mourão-Ferreira; Fernando Pessoa, Manuela De Freitas e Jacinto Lucas Pires, o que torna uma maior evidência no gosto lírico. Considerado o seu melhor disco (segundo os fãs e criticos) é o seu primeiro álbum a receber platina (vendas superiores a 20000 exemplares ).

SEMPRE DE MIM renova um posto de honra entre os monstros do Fado que já é seu. Claro que a produção engrandecido por José Mário Branco não podia faltar. Para ouvir numa noite chuvosa.

domingo, 20 de setembro de 2009

Sideways

Realizado em 2004, por Alexander Payne (decerto que o conhecem por "Paris, je t'aime" e "About Schmidt") passou no Sábado, na já habitual Dupla Sessão. SIDEWAYS é um exemplo raro de como realizar um filme claramente "europeu" para depois lançar-se nas teias do já esgotado cinema americano. Doravante, o que aqui assistimos é um filme fiel ao romance de Rex Pickett e conta com duas interpretações fabulosas de Paul Giamatti e Thomas Haden Church. O ambiente, como não podia deixar de ser, situa-se na California numa selectiva rota de vinicultura. Mais do que um filme de teor existencilaista é uma comédia negra que aborda o ridículo do ser humano e a sua tentação quase neurótica. Sideways é decerto um dos melhores desta década. Mereceu ainda um óscar de melhor argumento adaptado.

Um Fim-de-semana















sexta-feira, 18 de setembro de 2009

RTP 2




A RTP 2 é talvez a alternativa mais visível e de longe a melhor programação fiel ás suas atitudes. O que os outros canais têm de constante (e consequentemente monótono) são as programações "banais" asfixiado por telenovelas, programas sem sinal de inteligência e, porque não, de cores berrantes. Quero com isso dizer que a RTP 2 é um canal á parte, e a melhor alternativa para uma cultura mais interessante e longe das massas. As séries não passam despercebidas (muitas delas são de culto) e longe do publico ávido de "futebolização" Ester canal, chamemos "canal alternativo" devia ter uma atenção mais mediática e dentro das proporções ditas massas. O excelente professionalismo está lá, os espectadores fiéis também, mas falta que os outros canais assumam um conceito de inteligência e rigorosidade.

domingo, 13 de setembro de 2009

domingo, 6 de setembro de 2009

sábado, 5 de setembro de 2009

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Inglourious Basterds: Uma proposta diferente


Inglourious Basterds não é mais um filme de guerra. É uma obra prima que introduz vontade própria e uma estética que Tarantino já nos habituou. A Segunda Guerra Mundial aqui contém erros na sua narrativa histórica, feitas para entrar no clima Tarantino. A obsessiva tendência para evocar referências cinéfilas também entra em cena assim como a sua já usual banda sonora.
Um filme de longos e elaboradíssimos diálogos através e de coincidências entre personagens, Inglourious Basterds, prima pelo gosto cinematográfico e pela complexidade que exerce um poder anti-comercial que invade os centros comerciais. Apesar do lugar/tempo e de três idiomas num filme de produção americana, não deixa de seguir uma tendência Tarantina que foi sempre evocada em Pulp Fiction (1994) ou Jackie Brown (1997).
Como espectador, gostei imenso do filme, figurativo no sentido artistico, é uma obra máxima no sentido acutilado pela preferência cinéfila. Quem espera um filme de acção do género G.I. Joe vai ficar bastante decepcionado.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Disney/Marvel

O que fazer com cinco mil personagens da galeria Marvel? O simples facto de o Rato Mickey e o Homem Aranha serem vizinhos mudará alguma coisa? Eu como coleccionador de banda desenhada, em especial de super-heróis, sinto que esta mudança (que custou quatro mil milhões de dólares á Disney) poderá causar uma certa estranheza. O acordo entre duas empresas estará finalizado em Dezembro. Ike Perlmutter, presidente da Marvel, admite que nada vai mudar e terão total independência criativa, mas a estrutura Disney será usada para meios mercantis. Só o futuro pode dizer quanto a esta surpresa milionária.