quinta-feira, 9 de junho de 2011

V. de Thomas Pynchon




V. é a demanda pelo enigma - que aos poucos se resolverá. Verdadeiro marco da literatura pós moderna, V. é um romance revolucionário escrito por Thomas Pynchon. Recebeu o prémio First Novel Award em 1963.
Sobre V. só posso dizer que é um romance incrível, com uma narrativa não linear, que se aproxima do absurdo, até mesmo do niilismo. A obsessão pelo V, como se se tratasse de uma entidade cósmica, ou até mesmo a resposta determinante para a humanidade, é uma demanda incansável. São sessenta anos de delírio, de deambulação, passando por Nova Iorque, Alexandria, por Paris, Malta e Florença.
Se notar, o leitor consegue captar reminiscências de uma escrita da geração Beat, que Pynchon tanto admira. Mas o romance também conta com um estilo próximo de Burroughs.
V. é um romance divertido, que tem Benny Profane como a principal personagem, embora que o escritor aventura-se a criar uma profusão de personagens que podem muito bem ocupar a vitalidade do romance. É intransigente que a peça fundamental, mas caótica, - podemos observar ao longo do romance - é o enigmático V.
Na minha opinião, este é um dos melhores romances que já li, chega quase ao surreal; existe uma estranheza nas suas palavras, na sua história, mas é ai que reside a beleza no mundo literário: nem tudo é o que parece ser.
Thomas Pynchon lançou recentemente o romance - que espero vir a ler-, Vicio Intrínseco. O escritor é adverso a entrevista e raramente mostra a cara ao publico, portanto muito difícil de encontrar o autor para quem pretende autógrafos. Thomas Pynchon já foi referido várias vezes como um possível candidato ao Nobel. Só esperar para ver.

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