sábado, 7 de novembro de 2009

Vergílio Ferreira Manhã Submersa

Sobre o autor sabe-se que nasceu em 1916, no dia 28 de Janeiro e veio a falecer em 1996 no dia 1 de Março. Escreveu vinte e um romances, nove diários a que deu o tíulo de Conta-Corrente.
Sobre o livro, edita no ano de 1953, é um verdadeiro marco da literatura portuguesa juntamente com Aparição, ele também de Vergílio Ferreira.

A Manhã Submersa, o romance do autor que mais tenho em estima, é um verdadeiro testemunho de um ser existencialista. Ora se Vergílio Ferreira recebeu dois rótulos (cai sempre mal num escritor): Neo-Realismo e Existencialismo. No entanto todo ele é existencialista. Acumulam-se um jogo de perguntas, incertezas e breves recaídas do ser ou não ser neste romance. Na Manhã Submersa, entretemo-nos com um jovem, estudante num seminário, que está a reconsiderar se deve seguir a carreira de padre ou não. Este jovem personagem vai crescendo. Entretém-se com os jogos á imagem de um adulto e confraterniza com a resposta final, logo no fim do romance.

Apesar de um texto simples que escrevi aqui, quero pronunciar positivamente que este romance vale mesmo a pena ser lido, relido e guardado na estante com carinho. Um livro de certa forma biográfico e criativo na estrutura básica de como escrever uma boa história.

Recomendo urgentemente.

Recebeu uma adaptação no cinema, sob a realização de Lauro António em 1980.


"Um autor fixa um tema. Mas esse tema, revelando, como revela, um interesse, revela sobretudo que foi só em torno dele que o artista pôde realizar-se como tal."


— Vergílio Ferreira

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