sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O Apartamento (1960)


Filme brilhante- vencedor de cinco óscares, incluindo melhor filme-, O Apartamento traz três memoráveis interpretações: Jack Lemmon, Shirley Maclane e Fred Macmurray e um realizador no seu auge com as comédias satíricas: Billy Wilder.
Jack Lemmon desta vez é a vedeta do realizador, depois de Some Like It Hot pelo qual teve tanto prazer em trabalhar, ao contrário de Marilyn Monroe, que não correu lá muito bem. É a história de um empregado arrivista que empresta o seu apartamento aos superiores para que estes possam cometer adultério com toda a descrição. Esta ideia surgira-lhe 15 anos antes, ao ver “Breve Encontro” (1945), de David Lean. Finalmente o abrandamento da censura permite-lhe pô-la em prática.
Surge muito no género comédia dramática, com o seu preto e branco fantástico, em Cinemacospe, obtendo assim uma visualização, não só realista, como marcado pelo espirito berlinense.
Mais do que severa critica social, é também uma história de amor não correspondido entre Bud (Jack Lemmon) e Fran Kubelik (Shirley Maclane). Só há um problema: Fran Kubelik vive um relacionamento secreto com J. D. Sheldrake (Fred Macmurray), patrão de Bud. C. C. “Bud” Baxter sabe que o caminho para o sucesso profissional...é através da porta do seu apartamento. Passa mais tempo nas ruas do que no seu tempo, o que o faz passar por um sem-abrigo. Até que o sucesso aparece finalmente, ao emprestar a sua chave ao patrão, mas fica decepcionado ao descobrir que a miúda do elevador, Fran Kubelik, é a amante do patrão.
Convencido, depois, de que é o único homem para Fran, Bud tem de tomar a decisão mais importante da sua vida: arriscar a perder a rapariga....ou o seu emprego.Através de um paradoxo tipicamente americano, este filme implacável para com as instituições do país é recompensado com uma série de óscares, dos quais três vão para Billy Wilder: produção, realização e argumento.
Obra-Prima, estes é um daqueles casos que merecem estar na lista dos filmes para ver antes de morrer. Para cinéfilos, como eu, é uma autentica pérola e na minha humilde opinião está entre os meus dez filmes favoritos. Imperdível!

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