segunda-feira, 3 de maio de 2010

Ingmar Bergman- Uma questão de filmografia

Sempre disse que Ingmar Bergman e Martin Scorsese são os realizadores que mais aprecio. No entanto, neste post vou falar dos três filmes que passaram na RTP 2 nos ultimos tempos, de Ingmar Bergman. São filmes simples, fábulas humanas. tão humanas como os nossos olhos conseguem ver. Para quem não está presente nem assistiu á sua obra certamente que se aborrecerá. Não há efeitos especiais explosivos, nem enquadramentos pomposos, típicos de um filme de grande produção. Isso não quer dizer que eu não goste de filmes comerciais. Aliás estou-me nas tintas se este ou aquele filme é comercial ou não, ou se é aborrecido ou cheio de acção, para mim pouco importa. Se tiver uma boa história, uma boa estrutura e se for bem filmado já tens um bom filme. Ora aqui vamos nós:





Morangos Silvestres (1957)

Recebeu o prémio Urso de Ouro para melhor filme de 1958. É um filme excepcional que relata as memórias de um professor de medicina, Isak Borg. Parte com a sua nora Marianne e durante a sua travessia de Estocolmo até Lund econtram, pela estrada, três jovens. O professor vai partilhandos as suas memórias da sua juventude com as quatro pessoas no carro. Objectivo da viagem?- o reconhecimento honorário da universidade de Lund pelos seus 50 anos de carreira.






Lágrimas e Suspiros (1973)


Venceu o óscar para melhor fotografia em 1974. É um filme simples com uma história quase não lienar. Para os espectadores mais distraídos talvez não saibam mas há uma forte presença das duas cores que são actos simbólicos: o vermelho representa a morte e o branco representa o esquecimento. Ingmar Bergman contrastou as cores de uma forma brilhante. O filme conta a história de duas irmãs que cuidam de uma terceira em seu leito de morte, ambas temerosas diante do inevitável, mas no fundo anseiam para que tenha um fim. A criada é a única pessoa que lhe dá a devida atenção. Tudo isso resulta de uma mensagem para a burguesia e os seus sinais de hipocrisia.




Sonata De Outono (1978)

Sonata de Outono é outro filme que merece aplausos pelo seu excelente ambiente de cenários bem compostos e principalmente pela presença majestoja de Ingrid Bergman, estrela do filme Casablanca.
O filme relata a relação de amor/ódio entre a filha frágil, mais uma vez com uma interpretação fabulosa de Liv Ullmann, e de sua mãe, interpretada por Ingrid Bergman, uma pianista de sucesso. Este filme é uma espécie de acerto de contas final entre mãe e filha e também uma viagem pelo passado donde encontramos as peças fundamentais para o desenvolvimento do filme. Feérico e de grande empenho, é o que se pode dizer desta peça cinematográfica da obra de Bergman.

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